Sem dúvidas que a grande sensação dessa Copa América é a Seleção do Chile treinada pelo o argentino Jorge Sampaoli. Não é uma novidade, bem verdade, já que jogou assim na Copa do Mundo, inclusive atropelando a Espanha que conhecia o estilo de jogo chileno por causa do Barcelona.
O Sampaoli apareceu de forma marcante durante a Sul Americana 2011, quando passou por cima de todos os adversários e ganhou a competição de forma invicta. Àquela altura, o conceito praticado por ele já era consagrado na Europa, no Barcelona de Guardiola. Veio ao Maracanã e enfiou 4 a 0 sobre o Flamengo do Luxemburgo e Ronaldinho, sendo três gols apenas no primeiro tempo. O time foi tão envolvente no seu conceito de jogo, que a defesa rubro-negra terminou até com jogador expulso, o volante Aírton.
O que o argentino faz é um oásis em meio a um deserto de atraso tático na América do Sul. Em se falando de Brasil, piora mais ainda. Vide o que eles fizeram com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, quase eliminando o Brasil. Jogando nas costas do Marcelo e Daniel Alves, anularam qualquer ímpeto ofensivo da equipe do Felipão.
Os times do Sampaoli praticam o futebol de inversões de esquemas táticos a todo momento, utilizando cada um dos treinados à exaustão para momentos específicos da partida. Ele é jogado com triangulações e domínio total da posse de bola, o que é fundamental para esse estilo de jogo funcionar. Em média, o Chile troca 560 passes por partida. Contra a Bolívia, na última rodada da Copa América, foram 620. Para uma ideia, o Barcelona do Guardiola trocava 720 passes em média.
Na distribuição em campo, o time joga num 4-3-3 pelos jogadores colocados em campo. Porém, quando ataca, o Chile se torna um 3-4-3, com o lateral direito Isla subindo e virando ponta (por vezes reveza com Vidal a posição, assim um deles virando meia pelo mesmo lado). Com isso, o lateral esquerdo Mena fica preso ao esquema e não sobe. O meia vira um losango, com Valdívia à frente e Díaz atrás, na proteção da zaga. Marcação em zona e com ocupação de espaço.
Para o funcionamento desse esquema a posse da bola é o sistema nervoso de tudo, porque além de girar a bola e envolver o adversário, o Chile abre espaços pelos lados e quebra a marcação adversária com passes rápidos. A tão famosa e badalada compactação é marca desse time. Jogando numa faixa máxima de 20 metros. Veja na foto acima
A troca de passes e posições acaba confundindo o adversário e, principalmente, abrindo os espaços para chegar ao gol. Foi assim que os chilenos conseguiram fazer o segundo gol, o de empate. A defesa do México acabou ficando mano a mano com os jogadores que chegaram ao ataque, sendo que os volantes deixaram Valdívia livre no meio e as laterais abertas para a chegada do Vidal ou Isla.
Essa atitude ofensiva do Sampaoli é nítida quando o time sobe e a defesa adversária rifa a bola para a frente. A Seleção Mexicana abusou de ligações diretas nesse estilo para tentar quebrar o esquema tático chileno e surpreender a formação do Chile. Como jogava com três atacantes, o México sempre precisava da volta de um deles para a ajudar na recomposição. Por diversas vezes pegou o time sulamericano de surpresa, mas a defesa com Jara e Medel conseguia impor superioridade em número de jogadores, uma das máximas do futebol moderno.
Na recomposição defensiva tudo isso muda. O time volta a jogar com uma linha de quatro defensores atrás, com Díaz e Aranguiz á frente da zaga, forçando Vidal e Sánchez também a voltarem. Com isso o time forma duas linhas defensivas e que marcam muito forte, sem espaços para o adversário. Valdívia fica um pouco mais avançando e esperando o contra ataque para forçar as jogadas. O único "porém" nisso tudo é a lentidão com que Vidal e Isla voltam para recompor. Foi assim que o México conseguiu fazer três gols, jogando em cima dessa deficiência.
É lindo assistir ao Chile jogar. Moderno, diferente e com um futebol bonito, de toques rápidos! Sampaoli absorveu bem da escola que nos últimos oito anos chegou com força ao futebol, onde a ofensividade das equipes é marca de um tempo que morreu no Brasil. Como bem disse Guardiola uma vez, ao ser questionado como ele fazia o Barcelona jogar de forma tão ofensiva mas com tanta posse de bola e presente até em sua biografia:
"Faço apenas o que o meu pai sempre me contava ser o futebol brasileiro".
O Sampaoli apareceu de forma marcante durante a Sul Americana 2011, quando passou por cima de todos os adversários e ganhou a competição de forma invicta. Àquela altura, o conceito praticado por ele já era consagrado na Europa, no Barcelona de Guardiola. Veio ao Maracanã e enfiou 4 a 0 sobre o Flamengo do Luxemburgo e Ronaldinho, sendo três gols apenas no primeiro tempo. O time foi tão envolvente no seu conceito de jogo, que a defesa rubro-negra terminou até com jogador expulso, o volante Aírton.
O que o argentino faz é um oásis em meio a um deserto de atraso tático na América do Sul. Em se falando de Brasil, piora mais ainda. Vide o que eles fizeram com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, quase eliminando o Brasil. Jogando nas costas do Marcelo e Daniel Alves, anularam qualquer ímpeto ofensivo da equipe do Felipão.
Os times do Sampaoli praticam o futebol de inversões de esquemas táticos a todo momento, utilizando cada um dos treinados à exaustão para momentos específicos da partida. Ele é jogado com triangulações e domínio total da posse de bola, o que é fundamental para esse estilo de jogo funcionar. Em média, o Chile troca 560 passes por partida. Contra a Bolívia, na última rodada da Copa América, foram 620. Para uma ideia, o Barcelona do Guardiola trocava 720 passes em média.
Na distribuição em campo, o time joga num 4-3-3 pelos jogadores colocados em campo. Porém, quando ataca, o Chile se torna um 3-4-3, com o lateral direito Isla subindo e virando ponta (por vezes reveza com Vidal a posição, assim um deles virando meia pelo mesmo lado). Com isso, o lateral esquerdo Mena fica preso ao esquema e não sobe. O meia vira um losango, com Valdívia à frente e Díaz atrás, na proteção da zaga. Marcação em zona e com ocupação de espaço.
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A troca de passes e posições acaba confundindo o adversário e, principalmente, abrindo os espaços para chegar ao gol. Foi assim que os chilenos conseguiram fazer o segundo gol, o de empate. A defesa do México acabou ficando mano a mano com os jogadores que chegaram ao ataque, sendo que os volantes deixaram Valdívia livre no meio e as laterais abertas para a chegada do Vidal ou Isla.
Essa atitude ofensiva do Sampaoli é nítida quando o time sobe e a defesa adversária rifa a bola para a frente. A Seleção Mexicana abusou de ligações diretas nesse estilo para tentar quebrar o esquema tático chileno e surpreender a formação do Chile. Como jogava com três atacantes, o México sempre precisava da volta de um deles para a ajudar na recomposição. Por diversas vezes pegou o time sulamericano de surpresa, mas a defesa com Jara e Medel conseguia impor superioridade em número de jogadores, uma das máximas do futebol moderno.
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Na recomposição defensiva tudo isso muda. O time volta a jogar com uma linha de quatro defensores atrás, com Díaz e Aranguiz á frente da zaga, forçando Vidal e Sánchez também a voltarem. Com isso o time forma duas linhas defensivas e que marcam muito forte, sem espaços para o adversário. Valdívia fica um pouco mais avançando e esperando o contra ataque para forçar as jogadas. O único "porém" nisso tudo é a lentidão com que Vidal e Isla voltam para recompor. Foi assim que o México conseguiu fazer três gols, jogando em cima dessa deficiência.
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"Faço apenas o que o meu pai sempre me contava ser o futebol brasileiro".