Final de ano e sempre rolam aquelas retrospectivas. Pois bem, conversando com outro colega, hoje a tarde, começamos a formular o que foi melhor e pior no ano. Dentro do tema, fizemos uma listagem, também, das melhores coisas. Debatemos música, futebol, cinema etc.
Resolvi então trazer isso ao blog. Farei, até o final do ano, meu "Top Five" (Odeio importações de expressões linguísticas estrangeiras, mas ok) de algumas coisas interessantes. Começo pelo cinema, justamente por onde começamos na conversa da tarde chuvosa.
PS: Vale lembrar que, assim como na música, há o cinema feito PARA O PÚBLICO e o cinema feito PARA OS PROFISSIONAIS. Darei uma opinião com um pé em ambos, haja vista que não sou profissional de cinema.
5ª Lugar - Cinema Paradiso
Ta aí um típico filme que serve de exemplo para quem acha que só mega produção faz o cinema: Simples, leve e totalmente apaixonante. O roteiro do filme é de uma simplicidade, beleza e importância, que ganha qualquer espectador. A fotografia também é muito boa, sem muitas coisas mirabolantes. O roteiro apela para algo curioso: Cinema falando de cinema e suas salas que se perderam com o tempo. A cena inicial do filme é antológica e uma das coisa mais lindas da história da Sétima Arte. Impossível não se emocionar com essa obra.
E uma coisa chama mais atenção e visão sobre ele: é uma produção italiana, fora do estilo americano e com a qualidade e sutileza do cinema europeu.
Resolvi então trazer isso ao blog. Farei, até o final do ano, meu "Top Five" (Odeio importações de expressões linguísticas estrangeiras, mas ok) de algumas coisas interessantes. Começo pelo cinema, justamente por onde começamos na conversa da tarde chuvosa.
PS: Vale lembrar que, assim como na música, há o cinema feito PARA O PÚBLICO e o cinema feito PARA OS PROFISSIONAIS. Darei uma opinião com um pé em ambos, haja vista que não sou profissional de cinema.
5ª Lugar - Cinema Paradiso
Ta aí um típico filme que serve de exemplo para quem acha que só mega produção faz o cinema: Simples, leve e totalmente apaixonante. O roteiro do filme é de uma simplicidade, beleza e importância, que ganha qualquer espectador. A fotografia também é muito boa, sem muitas coisas mirabolantes. O roteiro apela para algo curioso: Cinema falando de cinema e suas salas que se perderam com o tempo. A cena inicial do filme é antológica e uma das coisa mais lindas da história da Sétima Arte. Impossível não se emocionar com essa obra.
E uma coisa chama mais atenção e visão sobre ele: é uma produção italiana, fora do estilo americano e com a qualidade e sutileza do cinema europeu.
Venceu o Globo de Ouro e o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Vale a Pena: Sempre digo que a trilha sonora é a alma do filme, porque dela saem as sensações. Nesse, há, talvez, uma das músicas mais lindas do cinema, que leva o nome título da obra, "Cinema Paradiso"
4ª Lugar - Forrest Gump, o contador de histórias
Só pela atuação magnífica daquele que considero o maior ator do cinema mundial moderno, Tom Hanks, já valeria o filme. Mas ele vai além. Brincar com a história norte-americana, sem mexer nela e incluir um personagem desconhecido do público, com problemas e totalmente inocente, é de uma genialidade total. Genialidade porque é justamente o que faz o cinema inspirador, história de algo que nos revela outro. As cenas são, em sua maioria, antológicas, como o Gump correndo quando criança ou ele sentado no banco com a caixa de bombons em suas mãos.
Roteiro e fotografias especialmente inspirados. Um clássico, diria eu. Com certeza, entre os 3 melhores filmes da década de 90, se não for o melhor. Outro que envolve quem assiste, pela emoção. Foi o filme que consagrou de vez o Hanks, que vinha de filmes muito ruins em anos anteriores e apenas de comédia barata.
Ganhou 6 Oscar's e 3 Globos de Ouro, em ambas com Melhor Filme e Melhor Ator.
Vale a Pena: As sequências do Tom hanks durante a Guerra do Vietnã e no hospital. São as melhores passagens do filme. Além, lógico, da mensagem que a perseverança é algo que nos move na vida, como na luta do Gump em sempre reencontrar a Jenny.
Roteiro e fotografias especialmente inspirados. Um clássico, diria eu. Com certeza, entre os 3 melhores filmes da década de 90, se não for o melhor. Outro que envolve quem assiste, pela emoção. Foi o filme que consagrou de vez o Hanks, que vinha de filmes muito ruins em anos anteriores e apenas de comédia barata.
Ganhou 6 Oscar's e 3 Globos de Ouro, em ambas com Melhor Filme e Melhor Ator.
Vale a Pena: As sequências do Tom hanks durante a Guerra do Vietnã e no hospital. São as melhores passagens do filme. Além, lógico, da mensagem que a perseverança é algo que nos move na vida, como na luta do Gump em sempre reencontrar a Jenny.
3ª Lugar - Star Wars: Episódio III - A Vingança do Sith
Enfim uma mega produção. Um dos filmes mais assistidos e aguardados da história do cinema, não poderia deixar de entrar aqui. Ele é o eixo principal de toda a saga de Star Wars. Curiosamente foi o último a ser produzido, segundo George Lucas (que muitos nem consideram bom diretor), por falta de tecnologia e verba na época dos outros da década de 70 e 80. Tem uma qualidade na produção e ações de batalhas fantásticas, que são para entrar em livros de como fazer cinema. Os efeitos especiais são os melhores entre os 6 filmes, com a atuação primorosa de seus dois principais personagens: Anakin Skywalker (Hayden Christensen) e Obi-Wan (Ewan McGregor).
Você consegue se deixar levar, facilmente, pelas emoções e histórias do episódio. Impossível não se envolver.
Ele apagou de vez a imagem péssima do chato segundo filme da série, na ordem cronológica (O quinto a ser rodado, O Ataque dos Clones) e ainda finalizou a série com pompa, onipotência e mostrando porque é uma das mais famosas sagas do cinema e um mito da ficção científica. E olha que sou avesso a tudo isso supracitado.
Vale a Pena: A luta entre Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker é o momento mais importante e emocionante do filme. Ali se faz o embrião de toda a saga.Você consegue se deixar levar, facilmente, pelas emoções e histórias do episódio. Impossível não se envolver.
Ele apagou de vez a imagem péssima do chato segundo filme da série, na ordem cronológica (O quinto a ser rodado, O Ataque dos Clones) e ainda finalizou a série com pompa, onipotência e mostrando porque é uma das mais famosas sagas do cinema e um mito da ficção científica. E olha que sou avesso a tudo isso supracitado.
2ª Lugar - Tropa de Elite
Só quem mora no RJ, talvez tenha real noção do que foram os finais dos anos 90 e início da década de 2000. Esse filme de José Padilha traz à tona toda essa realidade e se transforma em um símbolo do cinema nacional. As cenas, as músicas, as atuações e, principalmente, os bordões, entram para a história. Ao ponto de vista técnico-arte há alguns erros, mas do ponto de vista cinema, no sentido literal da palavra, é um dos mais fantásticos já feitos.
Seu roteiro, todo modificado na edição, parece estar faltando algo, mas na verdade é completo quando se vê até o final. Ele dá um tapa, sem medo algum, na política de segurança nacional e principalmente na PM carioca. As atuações de Wagner Moura, André Ramiro e Caio Junqueira estão entre as melhores da história do cinema brasileiro. Você sente nesse filme o principal ingrediente que o cinema deve ter (independente da qualidade dele): Envolvimento. Quem assiste, não só acompanha a história, mas participa, interage e torce pelos "caveiras".
Sem dúvida alguma é um divisor de águas no cinema do Brasil, porque além de inspirar novos produtores, cineastas e afins, abre espaço para o que é feito no País e sua ousadia. Um estilo tupiniquim, diria eu. Essa tendência pode ser mais comprovada ainda,quando lembramos de anteriores, como "Carandiru" e "Cidade de Deus", semelhantes na abordagem criminalista, trágica e performática quanto as atuações.
Seu vazamento antes da finalização e exibição (e o sucesso bombástico) é a prova da qualidade da obra e do grave problema que ele aborda. Tornou-se um "Midas" do cinema, onde tocou, virou Ouro.
Venceu o Urso de Ouro como Melhor Filme, em Berlim.
Vale a Pena: Quase tudo no filme vale a pena, mas as músicas do Tihuanas (e o já popular no RJ, Rap das Armas, de Mc Cidinho e Mc Doca) junto dos famosos bordões entraram para a história. Todo mundo, em qualquer canto da cidade do Rio ou até fora dela, gritou "Faca na caveira", "Bota na conta do Papa" ou "Nunca serão, jamais serão".
1ª Lugar - O Resgate do Soldado Ryan
Perfeito. Se me perguntassem uma palavra apenas para descrever esse filme, seria essa. Ele têm todos os quesitos que me fazem assistir um filme: Bom roteiro, excelentes atuações, história real sem alteração dos fatos e sequências envolventes. Sem falar que estamos tratando aqui de um gênio da direção, na minha opinião: Steven Spielberg.
Os 30 primeiros minutos, referentes ao desembarque na Normandia no Dia D, em junho de 1944, são as cenas mais reais, impactantes e fantásticas da história do cinema, para mim. A primeira vez que assisti o filme, fiquei o tempo todo pensando naquele início e, mesmo depois de terminado, ainda estava sem fôlego e chocado. Ali é a realidade de uma guerra. Por várias vezes ainda me coloco no lugar daqueles soldados que morreram naquele dia e qual era realmente o valor da vida deles "em nome da paz". Você já imaginou como seria ter uma expectativa de vida de apenas 4 segundos, para quem fosse recrutado para essa missão? Spielberg conseguiu isso e traduziu em momentos brilhantes.
A atuação de (novamente ele) Tom Hanks é algo de se mostrar inúmeras vezes em escolas de cinema e teatro. Beira a perfeição. Ou talvez seja realmente perfeita. O encadeamento de cenas e batalhas são de um realismo fora de série. E há, talvez o grande charme do filme, uma sacada de só quem é fera sabe fazer: Não há trilha sonora alguma durante a maior parte do filme e das sequências de luta. Aliás, ela é feita pelos tiros, gritos e explosões... Tudo para levar quem assiste ao 'front'.
A cena final, do cerco e proteção a ponte Aliada, mostra isso. São quase uma hora de absolutamente nenhuma trilha sonora. A única música que entra é um lamento de Édith Piaf tocando numa vitrola abandonada, onde os soldados relembram momentos,em meio a cidade francesa bombardeada. A dor da solidão + a dor da guerra + a dor da música! Genial.
Enfim, não há descrições suficientes para o filme. Seria melhor definir assim: "Faça valer a pena" e assista.
Venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme e, Steven Spielberg, o Oscar e também Globo de Ouro, de Melhor Diretor.
Vale a Pena: A sequência do desembarque de Omaha Beach. Já foi gravada e encenada inúmeras vezes no cinema, nunca com tamanho realismo. As pessoas podem ter noção de como cruel e devastador foi a maior guerra da História da Humanidade e porque apenas soldados voluntários foram convocados para aquele momento.
Hours Concurs: Classifico alguns filmes como "imparticipáveis" de qualquer lista, por serem obras-primas do cinema e por isso não entraram. São eles: "Ben-Hur," "E o Vento Levou...", "Apocalipse Now" e "A Lista de Schindler".
Seu roteiro, todo modificado na edição, parece estar faltando algo, mas na verdade é completo quando se vê até o final. Ele dá um tapa, sem medo algum, na política de segurança nacional e principalmente na PM carioca. As atuações de Wagner Moura, André Ramiro e Caio Junqueira estão entre as melhores da história do cinema brasileiro. Você sente nesse filme o principal ingrediente que o cinema deve ter (independente da qualidade dele): Envolvimento. Quem assiste, não só acompanha a história, mas participa, interage e torce pelos "caveiras".
Sem dúvida alguma é um divisor de águas no cinema do Brasil, porque além de inspirar novos produtores, cineastas e afins, abre espaço para o que é feito no País e sua ousadia. Um estilo tupiniquim, diria eu. Essa tendência pode ser mais comprovada ainda,quando lembramos de anteriores, como "Carandiru" e "Cidade de Deus", semelhantes na abordagem criminalista, trágica e performática quanto as atuações.
Seu vazamento antes da finalização e exibição (e o sucesso bombástico) é a prova da qualidade da obra e do grave problema que ele aborda. Tornou-se um "Midas" do cinema, onde tocou, virou Ouro.
Venceu o Urso de Ouro como Melhor Filme, em Berlim.
Vale a Pena: Quase tudo no filme vale a pena, mas as músicas do Tihuanas (e o já popular no RJ, Rap das Armas, de Mc Cidinho e Mc Doca) junto dos famosos bordões entraram para a história. Todo mundo, em qualquer canto da cidade do Rio ou até fora dela, gritou "Faca na caveira", "Bota na conta do Papa" ou "Nunca serão, jamais serão".
1ª Lugar - O Resgate do Soldado Ryan
Perfeito. Se me perguntassem uma palavra apenas para descrever esse filme, seria essa. Ele têm todos os quesitos que me fazem assistir um filme: Bom roteiro, excelentes atuações, história real sem alteração dos fatos e sequências envolventes. Sem falar que estamos tratando aqui de um gênio da direção, na minha opinião: Steven Spielberg.
Os 30 primeiros minutos, referentes ao desembarque na Normandia no Dia D, em junho de 1944, são as cenas mais reais, impactantes e fantásticas da história do cinema, para mim. A primeira vez que assisti o filme, fiquei o tempo todo pensando naquele início e, mesmo depois de terminado, ainda estava sem fôlego e chocado. Ali é a realidade de uma guerra. Por várias vezes ainda me coloco no lugar daqueles soldados que morreram naquele dia e qual era realmente o valor da vida deles "em nome da paz". Você já imaginou como seria ter uma expectativa de vida de apenas 4 segundos, para quem fosse recrutado para essa missão? Spielberg conseguiu isso e traduziu em momentos brilhantes.
A atuação de (novamente ele) Tom Hanks é algo de se mostrar inúmeras vezes em escolas de cinema e teatro. Beira a perfeição. Ou talvez seja realmente perfeita. O encadeamento de cenas e batalhas são de um realismo fora de série. E há, talvez o grande charme do filme, uma sacada de só quem é fera sabe fazer: Não há trilha sonora alguma durante a maior parte do filme e das sequências de luta. Aliás, ela é feita pelos tiros, gritos e explosões... Tudo para levar quem assiste ao 'front'.
A cena final, do cerco e proteção a ponte Aliada, mostra isso. São quase uma hora de absolutamente nenhuma trilha sonora. A única música que entra é um lamento de Édith Piaf tocando numa vitrola abandonada, onde os soldados relembram momentos,em meio a cidade francesa bombardeada. A dor da solidão + a dor da guerra + a dor da música! Genial.
Enfim, não há descrições suficientes para o filme. Seria melhor definir assim: "Faça valer a pena" e assista.
Venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme e, Steven Spielberg, o Oscar e também Globo de Ouro, de Melhor Diretor.
Vale a Pena: A sequência do desembarque de Omaha Beach. Já foi gravada e encenada inúmeras vezes no cinema, nunca com tamanho realismo. As pessoas podem ter noção de como cruel e devastador foi a maior guerra da História da Humanidade e porque apenas soldados voluntários foram convocados para aquele momento.
Hours Concurs: Classifico alguns filmes como "imparticipáveis" de qualquer lista, por serem obras-primas do cinema e por isso não entraram. São eles: "Ben-Hur," "E o Vento Levou...", "Apocalipse Now" e "A Lista de Schindler".