Brasil e Colômbia se enfrentaram pela Copa América, naquela que foi a terceira partida entre as duas equipes em um ano. Nas outras duas ocasiões a Seleção Brasileira venceu, mas nesta última os colombianos não só ganharam como mostraram uma força muito grande e diferente de outros encontros. Assim como fiz com o Chile, resolvi entender o que de fundamental aconteceu e definiu o jogo.
Pékerman, outro treinador argentino, assim como Sampaoli, já treinou a Seleção da Argentina na Copa de 2006. Seu estilo é tradicional ao sulamericano, com bastante marcação e dois meias fazendo as criações de jogadas. Na Colômbia ele mantêm este estilo. E foi assim que os colombianos deram um nó tático no Brasil, na penúltima rodada do Grupo C da Copa América.
Com uma recomposição defensiva extremamente forte e precisa, os colombianos montaram um esquema de marcação por zona e que anulasse o principal jogador do Brasil: Neymar. Como na Seleção o jogador brasileiro atua pelo lado esquerdo, por aquele lado o treinador da Colômbia colocou Zuñiga e o volante Sánchez. Na cobertura ainda ficava o experiente Zapata.
Além deles, Juan Cuadrado pela direita e James Rodriguez pela esquerda, com Radamés Falcão voltando, a marcação do ataque do Brasil era não só eficiente como neutralizou qualquer tipo de criatividade pelo meio. A Seleção Brasileira até tentou abrir o jogo, procurando sempre Filipe Luís na partida. O lateral foi o jogador que mais tocou na bola no jogo inteiro, justamente o único que não tinha pelas suas costas outro jogador, com Fred acompanhando Juan.
James e Cuadrado, com o sistema defensivo forte, jogou em cima do Elias e Fernandinho. Com isso a bola não saía com qualidade e os volantes se apresentando como opção de ataque. Essa liberdade de ataque aos dois colombianos também cresceu ainda mais com apoio do lateral esquerdo Armero, que sempre teve vocação ofensiva. O resultado foi um time "mordendo" bastante na marcação e muita gente na frente.
Com a recomposição mais lenta, mesmo com Fred ajudando os dois volantes, o sistema defensivo não conseguiu acompanhar o ritmo colombiano e por diversas vezes ficava em número igual de jogadores. Por pelo menos três vezes no primeiro tempo, a Colômbia usou dessa saída rápida para pegar o Brasil de surpresa e encaixar seu ataque na defesa desarrumada da Seleção do Dunga.
Se aproveitando desse ímpeto que os colombianos estavam por jogar novamente contra o Brasil, os jogadores acabaram por fazer marcação tão forte no meio campo que matavam a criação de jogadas brasileiras. Impedindo que a bola chegasse à frente e os volantes Elias e Fernandinho com James e Cuadrado, respectivamente, as opções eram sempre laterais ou isolamento. E sempre em superioridade numérica, a máxima do futebol moderno de hoje em dia.
Foi essa marcação forte, por vezes bruta, que irritou Neymar e causou sua expulsão. O jogador, que tem problemas pessoais por causa da sua transferência para o Barcelona que acumulou ainda mais nervosismo, não conseguiu partir pra cima da defesa, receber os passes ou criar jogadas. Sem um jogador específico de criação, o Brasil acabou sendo presa fácil para esse tipo de jogo colombiano.
No segundo tempo, a Colômbia já em vantagem no placar, apenas deixou o Brasil com a bola e aplicou todas esses movimentos táticos. Com uma pitada de revanche e correndo "dobrado", como Pékerman descreveu o seu time naquela noite, os colombianos acabaram ganhando dos brasileiros na tática, na técnica e na raça.
Pékerman, outro treinador argentino, assim como Sampaoli, já treinou a Seleção da Argentina na Copa de 2006. Seu estilo é tradicional ao sulamericano, com bastante marcação e dois meias fazendo as criações de jogadas. Na Colômbia ele mantêm este estilo. E foi assim que os colombianos deram um nó tático no Brasil, na penúltima rodada do Grupo C da Copa América.
Com uma recomposição defensiva extremamente forte e precisa, os colombianos montaram um esquema de marcação por zona e que anulasse o principal jogador do Brasil: Neymar. Como na Seleção o jogador brasileiro atua pelo lado esquerdo, por aquele lado o treinador da Colômbia colocou Zuñiga e o volante Sánchez. Na cobertura ainda ficava o experiente Zapata.
Além deles, Juan Cuadrado pela direita e James Rodriguez pela esquerda, com Radamés Falcão voltando, a marcação do ataque do Brasil era não só eficiente como neutralizou qualquer tipo de criatividade pelo meio. A Seleção Brasileira até tentou abrir o jogo, procurando sempre Filipe Luís na partida. O lateral foi o jogador que mais tocou na bola no jogo inteiro, justamente o único que não tinha pelas suas costas outro jogador, com Fred acompanhando Juan.
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Com a recomposição mais lenta, mesmo com Fred ajudando os dois volantes, o sistema defensivo não conseguiu acompanhar o ritmo colombiano e por diversas vezes ficava em número igual de jogadores. Por pelo menos três vezes no primeiro tempo, a Colômbia usou dessa saída rápida para pegar o Brasil de surpresa e encaixar seu ataque na defesa desarrumada da Seleção do Dunga.
Se aproveitando desse ímpeto que os colombianos estavam por jogar novamente contra o Brasil, os jogadores acabaram por fazer marcação tão forte no meio campo que matavam a criação de jogadas brasileiras. Impedindo que a bola chegasse à frente e os volantes Elias e Fernandinho com James e Cuadrado, respectivamente, as opções eram sempre laterais ou isolamento. E sempre em superioridade numérica, a máxima do futebol moderno de hoje em dia.
Foi essa marcação forte, por vezes bruta, que irritou Neymar e causou sua expulsão. O jogador, que tem problemas pessoais por causa da sua transferência para o Barcelona que acumulou ainda mais nervosismo, não conseguiu partir pra cima da defesa, receber os passes ou criar jogadas. Sem um jogador específico de criação, o Brasil acabou sendo presa fácil para esse tipo de jogo colombiano.
No segundo tempo, a Colômbia já em vantagem no placar, apenas deixou o Brasil com a bola e aplicou todas esses movimentos táticos. Com uma pitada de revanche e correndo "dobrado", como Pékerman descreveu o seu time naquela noite, os colombianos acabaram ganhando dos brasileiros na tática, na técnica e na raça.