Moro no RJ há exatos 15 anos, qual será comemorado no dia 8 de dezembro desse ano. Sempre cresci e vivi na cidade cercado pelo medo, avisado a evitar "áreas de risco", não andar sozinho a noite e prestar atenção com quem andava.
Vi ônibus ser sequestrado por um jovem criado na FEBEM e com transmissão para o mundo inteiro, ao vivo. Vi líderes do tráfico de facções rivais se matarem dentro de um presídio de Segurança Máxima, em Bangu, exatamente num dia 11 de setembro. Já vi políticos lavarem a mão durante rebelião, com medo de repercussão nacional...
Mesmo assim, uma coisa eu nunca tinha visto. Aliás, duas. Terrorismo na minha cidade e guerra.
Carros pegando fogo, cidade refém de bandos armados e arrastões. Coisas semelhantes apenas em Guerras do Iraque ou táticas de guerrilha na América Central. Mas não, estavam aqui do lado.
Anos de omissões governamentais, inclusive jogando para debaixo do tapete toda uma sujeira costurada e financiada por elites que se escondem há anos sob o voto inconsciente. Um dia a bomba iria estourar. Um dia o garrafa iria entornar... Esse dia chegou. E não tem mais volta.
Agora, queiram ou não, é guerra. Não uma guerra declarada, não uma guerra entre soldados, não uma guerra de fronteiras ou países: mas uma guerra de ideologias. Agora é quem quer a paz e quem quer manter seus interesses.
E não há do que reclamar. Se você financiou tudo isso, mesmo que para não parecer careta perante seus amigos, saiba que você é cúmplice de tudo o que aconteceu esses dias. Se você aceitou fazer uma carreirinha para ser aceito, é patrocinador de mortes, sua mão também está manchada de sangue inocente.
Os tanques que hoje entraram na Vila Cruzeiro e romperam barreiras de caminhões e concretos, também arrombaram o medo e a falta de esperança. Levaram mais que policiais dentro deles, mas muitos sonhos roubados durante mais de 30 anos de impunidade. População e Polícia, uma só unidade, um só cerco ao bandidos, um só disparo certeiro na criminalidade.
Vagabundos correndo iguais crianças com medo, pela mata, foram imagens que se manifestavam apenas nas cabeças dos moradores que sofrem no cotidiano carioca. Hoje foram realidades, lavaram a alma, aproximaram desejo e realização.
Decida logo o seu lado, porque a guerra começou.
Vi ônibus ser sequestrado por um jovem criado na FEBEM e com transmissão para o mundo inteiro, ao vivo. Vi líderes do tráfico de facções rivais se matarem dentro de um presídio de Segurança Máxima, em Bangu, exatamente num dia 11 de setembro. Já vi políticos lavarem a mão durante rebelião, com medo de repercussão nacional...
Mesmo assim, uma coisa eu nunca tinha visto. Aliás, duas. Terrorismo na minha cidade e guerra.
Carros pegando fogo, cidade refém de bandos armados e arrastões. Coisas semelhantes apenas em Guerras do Iraque ou táticas de guerrilha na América Central. Mas não, estavam aqui do lado.
Anos de omissões governamentais, inclusive jogando para debaixo do tapete toda uma sujeira costurada e financiada por elites que se escondem há anos sob o voto inconsciente. Um dia a bomba iria estourar. Um dia o garrafa iria entornar... Esse dia chegou. E não tem mais volta.
Agora, queiram ou não, é guerra. Não uma guerra declarada, não uma guerra entre soldados, não uma guerra de fronteiras ou países: mas uma guerra de ideologias. Agora é quem quer a paz e quem quer manter seus interesses.
E não há do que reclamar. Se você financiou tudo isso, mesmo que para não parecer careta perante seus amigos, saiba que você é cúmplice de tudo o que aconteceu esses dias. Se você aceitou fazer uma carreirinha para ser aceito, é patrocinador de mortes, sua mão também está manchada de sangue inocente.
Os tanques que hoje entraram na Vila Cruzeiro e romperam barreiras de caminhões e concretos, também arrombaram o medo e a falta de esperança. Levaram mais que policiais dentro deles, mas muitos sonhos roubados durante mais de 30 anos de impunidade. População e Polícia, uma só unidade, um só cerco ao bandidos, um só disparo certeiro na criminalidade.
Vagabundos correndo iguais crianças com medo, pela mata, foram imagens que se manifestavam apenas nas cabeças dos moradores que sofrem no cotidiano carioca. Hoje foram realidades, lavaram a alma, aproximaram desejo e realização.
Decida logo o seu lado, porque a guerra começou.